Ensinaram-me os meus pais desde bem novinha que não se deve aceitar doces de estranhos porque (esta explicação saiu da boca deles, não é mera invenção) pode ter droga lá dentro. Eu cá não sei, não é como se eu fosse uma especialista na matéria, mas quer-me parecer que a droga está demasiado cara para andar a enfia-la dentro de chocolates e chicletes e a a distribuir à porta da escola. Digo eu que seria melhor negocio vende-la, que o que há mais por aí é gente disposta a pagar bom dinheiro por ela.
A teoria é a seguinte, dá-se um chocolate recheado de droga a uma inocente criancinha de 6 anos. Ela, obviamente, come o chocolate, delira com a droga e, no dia seguinte, vai correndo e saltando em direcção ao homem simpático que lhe deu o chocolate que, surpresa surpresa, é um dealer e que, vendo que a criança agarrou-se à droga/chocolate, cobra exorbitantes quantias pelo próximo doce.
Faz sentido, até eu se fosse um puto e depois de comer chocolates desatasse a ver unicórnios e duendes e coisas do género também ia querer mais daquilo. Ter um unicórnio privado é muito melhor que ver o canal panda (o baby tv era optimo, por exemplo para ver sobre efeito de acidos, que aquilo de quando em quando é bastante psicadélico).
Mas se as coisas sucedessem deste modo, penso eu que as criancinhas, à falta de dinheiro, (que quanto muito dá para comprar gomas, que, convenhamos, são bem mais baratas que droga) iam tentar pagar ao traficante com cromos e berlindes. E não me quer parecer que eles iam aceitar.
E, além do mais, eu nunca, em toda a minha vida, vi um puto de seis anos numa esquina, com ar de drogado a pedir uma moedinha. Posso ser só eu, mas parece que o negócio de oferecer droga em doces não funciona lá muito bem.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
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1 comentário:
"eu nunca, em toda a minha vida, vi um puto de seis anos numa esquina, com ar de drogado a pedir uma moedinha." nem parece saido dos dedos de quem vivia na madeira. HAH saudades tuas!
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