quinta-feira, 18 de março de 2010

Das aberturas fáceis

O desgraçado que inventou as, assim chamadas, aberturas fáceis deve estar às voltas no túmulo de tanto rir.
Chamar aquilo de fácil é a suprema ironia. E começo seriamente a desconfiar que o senhor só inventou aquilo para testar a paciência de uma pessoa.
Vemos a setinha no canto da embalagem e o letreiro "Abertura Fácil" e lá vamos todos felizes com os dedos para lá a pensar, tão erradamente, que daí a dois segundos está o pacote aberto. Só que passados cinco minutos de uma odisseia de dedos, unhas, dentes, pinças e sabe-se lá mais o quê o raio da embalagem ainda está fechada. E o "Abertura Fácil" ali a olhar para nós, mesmo com o ar de quem está a gozar com a nossa cara.
Claro que nesta altura uma de três coisas irá acontecer:
Um, Alguém que não tenha presenciado o episódio chega para ajudar e diz "Oh, mas tem aqui uma abertura fácil". E nós passamos-lhe a embalagem para a mão, afastamo-nos e assistimos à sua tentativa frustrada com um sorriso malicioso na cara. (Se conseguirem abrir a embalagem sem esforço então limitamo-nos a ficar com um ar de otário).
Dois, Decidimos que o que está dentro do pacote não vale o esforço e vamos embora.
Ou então, Três, Fazemos o que devia ter sido feito desde o inicio. Agarramos numa faca e desfazemos a porcaria da embalagem.

Bem, retomando o pensamento inicial. Como raio sei eu que o inventos da irononicamente apelidadas aberturas fáceis já morreu, se nem sequer sei quem é o senhor? É puro raciocínio lógico, foi morto a pontapé por alguém que perdeu meia hora da sua vida e grande parte da sua sanidade mental a tentar abrir em vão uma embalagem de chicletes.

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