sábado, 28 de outubro de 2006

Saborosa

Só por si, já acho o futebol um desporto um tudo ou nada ridículo. Vamos lá admitir que ter vinte e dois badamecos num campo relvado a correr atrás de uma bola não é a coisa mais interessante de se ver. Sim, eu sei que também vejo futebol lá de tempos a tempos, mas não é essa a questão. Não vejo, pessoalmente, razão para considerar futebolistas pessoas de tão elevado estatuto social. E agora saem-se-me com esta! Não é que a TVI, num programa qualquer, se decidiu a mostrar uma entrevista do senhor Simão Sabrosa a jogar, não futebol (isso seria mais normal) mas xbox? Ironia das ironias, estava a jogar um jogo de futebol e perdeu para um miudo de 12 anos. Oh Deus ao ponto a que chegamos! Uma entrevista só porque o gajo entreteve-se a jogar xbox? Nem que fosse o Bill Gates, quanto mais um gajo com nome duvidoso. Isto é televisão? É que já não me bastava aturar as manias de celebridades que aqueles trolhas armados em importante tem. Agora até parece que tenho alguma espécie de interesse em saber o que raio eles jogam. A não ser que se joguem de uma ponte, a mim não me interessa. Tenho dito.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

A título de conselho

Bem sei que não tenho um doutoramento em economia ou uma homosexualidade qualquer dessas, mas cá vai um conselho. Querem de uma vez por todas acabar com o défice? Simples, há dois actos que deveriam ser sujeitos a multa, sendo que o valor revertia totalmente para o abatimento do défice. Ia ser bonito, era dois mesinhos e estava a história toda resolvida.
  1. Aos senhores que passam no seu carrinho e babam desalmadamente para qualquer ser do sexo feminino (travestis incluidos) seria aplicada uma coima, de valor variável entre os 50 e os 100 euros dependendo do tempo que afastassem a vista daquele promenorzinho importante que é a condução e dos piropos que mandassem. Um 'Oh bouaa!' seria portanto mais barato do que um elaborado 'O teu pai era pintor? É que te fez uma obra prima!' O sotaque também seria uma condicionante valorativa. Sotaque cerrado de Camera de Lobos daria automaticamente direito aos 100 euros, entregues em mão ao senhor agente da lei, não fossem os fulanos desaparecer sem pagar.
  2. Aos ilustres homens das obras, por parametros muito semelhantes aos acima descritos. A multa seria contudo mais barata, entre os 50 e os 75 euros, que já se sabe que emigrantes ilegais é aquela história nos pagamentos (os empreiteiros agradecem). Seria punível qualquer demonstração libidinosa, desde um 'Oh dama, deixa ver o teu 3G' berrado do terceiro andar, a um 'Psst, psst, saio às oito, vai ter à rua dos Aranhas' seguido de um piscar de olhos e lamber de lábios.

Vá que numa de amiga nem cobro pela genial ideia. Se eu fosse a si, senhor ministro da Economia, fazia-me de casa. Acredite-me que rendia.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Sentidos dúbiosos

Existe a tal expressão 'dúbio'. Não existe o verbo 'dúbiar' nem tão pouco a expressão 'dúbioso'. Mas se existisse eu cá dúbiava seriamente desta reforma escolar.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Prova que és humano

Há neste mundo estranho da Internet uma situação que me confunde. Desde há uns tempos para cá engraçaram-se por umas letrinhas colocadas ao deus-dará num quadradinho ridículo. O objectivo é copiarmos correctamente a ordem das letras e isso abre-nos as portas a coisas nunca antes vistas. Antigamente era uma mariquice qualquer do tipo 'Abre-te Sésamo' para os que tinham a mania que eram das mil e umas noites e 'Abre a porta oh grandessíssimo filho da p*** ou ainda levas um estalo nai ventas!' para a grande maioria. Agora queres fazer um email? Letrinhas. Blog? Letrinhas. Photoblog? Letrinhas. Uma treta qualquer acabada em og? Letrinhas. Tudo bem eu acredito que tenha uma função extremamente importante e que sem elas o mundo estaria perdido. E eu até me sujeito a escrever 'ELKFN' de a cada 30 minutos de estadia virtual, até porque ameaças à internet não têm absolutamente efeito nenhum, falo por experiência própria. Mas dei de caras com uma frase, a preceder o tal quadradinho (rectangulo para não confundir ninguém), que me deixou assim um tudo ou nada indignada. 'Prove you are human'. Ok, sim senhor é verdade que um gato ou até mesmo um cão não se iria dar ao trabalho de copiar as letras. Aquilo é tudo demasiado complexo para eles e a probabilidade de um gato a saltitar num teclado acertar a sequência é reduzida. Agora eu penso, se só agora meteram as letras operacionais antes haveriam imensos animais para aí a escrever em blogs ou a criar emails (está assim explicado o porquê dos emails em cadeia). A mim bem me parecia que existiam blogs tão ridiculos que só poderiam ter sido escritos por um hamster.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Porque há coisinhas que realmente irritam

Eu gosto de transportes públicos, a sério que gosto. E os autocarros até são interessantes e tudo, longe de mim dizer mal deles, mas aquela história de levar quem quer que pague bilhete já não tem assim tanta graça. É assim, vai uma pessoa descançadinha da vida para a escola quando entra pelo autocarro adentro a seguinte personagem; alto, com ombros qu davam para três pessoas, já a puxar pó lado do calvo mas ainda assim ostentando um valente rabo de cavalo e com aquele ar de só seria aceite em dois empregos: trolha (vulgo, empregado de contrução civil) ou actor numa série daquelas tipo 'Everybody Loves Raymond'. Não era minha intenção julgar o senhor, até porque não o conheço e às tantas ele é daquelas pessoas que lê Kafka ou Nietz e a t-shirtzinha branca sem mangas era mesmo só para disfarçar. Mas é que o homem tem um hábito que me irrita profundamente, como eu disse ele é bem alto e ao que parece transpira o bastante das mãos, o que acontece é que sempre que a dita personagem entra no autocarro mete a mão no tecto e vai arrastando (o que, acreditem, faz um barulho bem irritante que parece uma ratazana a ser atropelada) até achar um lugarzinho para se sentar. E todo o santo dia entra o homem pelo autocarro com a mãozinha no tecto e aquilo vai 'IHHHHHHHHHH' a arranhar durante meia duzia de segundos que é tempo o suficiente. Juro que tentei ser tolerante e fingir que não me incomodava, mas é mais forte que eu. Decidi lançar o meu olhar de descontentamento, franzi ligeiramente a sombrancelha até mas quer me parecer que não serviu de muito, até porque hoje foi a mesma história. Hoje fui assim ao extremo, mesmo mesmo antes de apelar à violência fisica (fora o facto de ter prá í menos 30 centimetros), e juntei ao meu olhar de descontentamento um abanar de cabeça em jeito de protesto. A ver vamos se o senhor aprendeu. Pelo sim pelo não amanhã levo a minha pistola e se o homem mete a mão no tecto vai ser 'IHHHHHHHHHHH' BANG, silêncio.

Mais uma das baboseiras da Lais

Embora não saiba como escrever isto, tenho uma dúvida:
Os nossos (os meus, pelo menos) pais ensinam-nos a nunca confiar em ninguém, a não aceitar bombons de pessoas que não conhecemos, entre outras coisas do mesmo género.
A minha questão. Os meus pais são casados, logo confiam nas pessoas, e CLARO que aceitaram bombons (e não só) de pessoas que não conheciam - bem - .
Logo, os meus pais estão-me a mentir e dizem pra confiar neles, e não nas outras pessoas (que não aceitam bombons nem outras coisas de outras pessoas). E isto é uma farsa. Afinal, ah créde, este mundo não pode ser, não é digno, se nem nos nossos pais, ah isto emociona-me. ah credo, ah já nem sei. Tá, acabou. (não acabou bem porque eu tinha mais qualquer coisa pra dizer mas já não lembro, olha, que se lixe.)

Agora com licença, que vou oferecer um bombom aquele menino jeitoso que encontra-se a porta e falar-lhe dos meus problemas sobre o mundo.