sábado, 18 de julho de 2009

Momento Potter

Isto é só um aparte mas... Ou o argumentista do novo filme do Harry Potter leu um livro completamente diferente do meu, ou anda metido em drogas e alucinou com partes do livro que nunca existiram.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Do twitter

Sim eu sei que toda a gente já falou do Twitter, que as piadas sobre isto já estão fora de prazo à meses, que até a inicial oposição mais violenta já se converteu às maravilhas desta obra tecnológica. Mas isto é só um breve acrescento vindo de alguém a quem o Twitter, até hoje, ultrapassa.
Mais ou menos quando o Twitter, armado em vilão do Bond, dominou o mundo um pró-twitteriano, tentando demonstrar a suprema utilidade desta tecnologia, contou-me a história de um cirurgião que graças ao Twitter resolveu uma mui rara complicação operatória e salvou o paciente. Admito que até foi útil, embora seja assustador imaginar um médico a twittar de bisturi na mão. Sou da opinião que se os putos não podem usar telemóveis nas aulas para não se destrairem, os médicos (regra geral, abro excepções se com isso salvarem vidas) não podem usar Twitter na sala de operações. Digo eu que é igualmente distrativo estar a olhar para o passarinho azul a ver se alguém twittou alguma coisa nova. E o mesmo se aplica a deputados parlamentares, que em vez de estarem a resolver os problemas da nação estão a insultar-se via Twitter. O que é estupido, porque antes de haver Twitter já o Parlamento servia para insultarem-se ao vivo e convenhamos que tem muita mais piada.
Além do mais, a premissa inicial do Twitter é completamente otária e sem objectivo. Consiste em dizer exactamente aquilo que estamos a fazer naquele instante. Ora, se formos honestos a unica coisa que podemos dizer é: "Estou a escrever no twitter". Porque não passa disso. Quanto muito podemos acrescentar actividades que não implicam esforço mental e que podemos com o portátil ao colo, como: "Estou a escrever no twitter, enquanto tiro um monco"; ou "Estou a escrever no twitter, enquanto como uma bola de berlim e encho o teclado de açucar"; ou mesmo "Estou na casa de banho a escrever no twitter, enquanto percebo que já não existe papel higiénico". Fora isso é tudo mentira.

Do correr para não ir a lado nenhum

Correr é uma actividade cansativa. Uma pessoa sua, esforça o coração, cansa as pernas, depois fica a arfar num canto que parece que vai morrer. Não consigo perceber porque raio alguém haveria de querer correr, ainda mais sem motivo aparente.
Correr porque estamos atrasados para o autocarro, ou porque vem um cão com intenções de nos arrancar um pedaço da perna a correr, também ele, atrás de nós até faz sentido. Continua a não ser agradável, mas faz sentido.
Agora, correr à beira da estrada para, sabe Deus quantos kilometros depois, dar a volta e correr outra vez para de onde viemos, sem sequer ter ido a lado nenhum, ultrapassa-me. Faz bem ao coração? Andar como uma pessoa normal também, na verdade qualquer tipo de esforço que ultrapasse ficar sentado no sofá a carregar no comando da televisão. Faz bem ao físico, emagrece e essas tretas todas? Pois claro que sim, ninguém nega isso, só em suor perderam logo dois quilos.
Mas pronto, eu que sou uma pessoa sedentária por natureza posso não compreender as subtilezas dos amantes do desporto (correcção, exercício físico, que se não há regras e ninguém ganha ninguém não é desporto). Ainda assim há coisas nessa honrosa actividade a que se chama jogging - estrangeirismo usado para descrever o acto de correr para não ir a lado nenhum - que, por muito que tente não consigo entender.
Primeiro que tudo, se querem mesmo, precisam até de, correr porquê fazê-lo debaixo do sol escaldante das duas da tarde? Se suar até perder todos os líquidos do corpo e acabar parecendo uma passa é o objectivo então tudo bem, parabéns, conseguiram. Até deixo a sugestão de correr às duas da tarde no Verão, quando estão 40º, usando um anorak e com botijas de água quente amarradas a todo o corpo, vão ver que suam mais depressa e melhor. Mas se não fôr este o objectivo... Bem, não acreditem muito na minha palavra mas correr à noite deve fazer tanto bem (ou melhor, que pelo menos não há risco de apanhar um cancro na pele).
Segundo, não percebo o porquê de fazer jogging aos pares, ou aos grupos. Jogging não é uma actividade social! Quando se está a correr o único som passível de ser feito é arfar violentamente, ou implorar por água. Nada disto é exactamente uma conversa, então porquê meu Deus ir correr com mais alguém? Será que é uma versão desportista das mulheres-vão-à-casa-de-banho-em-grupos?
Finalmente, e nem por isso menos importante, o vestuário. Sim, é preciso uma roupa confortável e minimamente arejada, especialmente quando se correr sob um sol que dava para assar frangos. Mas quando vemos um homem com uma nádega à mostra, de tão curtos que os calções são, não é uma visão muito agradável. E as mulherzinhas com camisolas mínimas, com um decote até ao umbigo, que não estão preparados para todo o impacto e balanço que têm de aguentar. Visto em câmera lenta mais parece uma versão barata do genérico das Marés Vivas, sem tanto plástico convenhamos.