quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Reservado a jovens

Eu já vi muito tipo de descriminação. Um gajo de bigode armado em mete nojo que não gostava lá muito de judeus, uns outros vestidos de branco que não achavam muita graças aos negros, aqueles politicos simpaticos que mandam os chineses e os indianos de volta para a terra deles, sei lá mais quantos! Agora, discriminação contra os jovens? A história é a seguinte, um café simpático à beira-mar composto por varios barquinhos onde as pessoas se sentam. Tudo muito bem, tudo muito bonito. E depois vemos que prá í quatro barquinhos tem uma placa onde está escrito 'Reservado a jovens'. Pensei eu que era simpatico da parte deles, ter uns lugares sempre disponiveis para os jovens que, juntamente com os strangers, são os clientes principais do lugar. E segui a minha vidinha sentar-me num barco num cantinho mais reservado, barco esse que não era dos tais 'reservados a jovens'. Até que vem a querida da empregada avisar que não podiamos estar ali sentados, que teriamos de mudar de lugar, para um lugar 'de jovens'. Eu estranhei... Era obvio que havia lugares 'especiais' para nós mas se o café estava praticamente deserto e nos queriamos sentar noutro canto qualquer, fosse por que motivo fosse, não podiamos ficar noutro lugar qualquer? Ao que parece não. Eu posso estar só a especular mas, pelo ar da senhora, quis me parecer que se não nos dirigissemos aos lugares que nos eram reservados, como nos pediu muito gentilmente, seriamos corridos de lá à vassourada. Quase que imagino que se os quatro barquinhos 'dos jovens' estivessem cheios seriamos amavelmente convidados a ir gastar o nosso dinheiro para outro lado qualquer. Oh, discriminação contra os jovens... realmente esta gente não tem imaginação para qualquer coisa melhor!

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Sinal sonoro

Não sei o que é que eu tenho mas é com certeza qualquer coisa de anormal. Porque não é credivel uma só pessoa conhecer tanta gente com risos, digamos, invulgares.
Considere-se a seguinte situação, estamos em pleno centro da cidade, movimentado o bastante, cruzamo-nos com um amigo numa passadeira qualquer e conversa puxa conversa ficamos parados numa berma de estrada durante certa de meia hora. Nada de estranho até aqui. Agora tenhamos em conta que quando nos juntamos os três, como somos pessoas deveras serias, as conversas tendem a ser um tudo ou nada hilariantes e, como é obvio, conversas hilariantes trazem gargalhadas. Numa tentativa frustada de descrever o riso da Lucia diria que é semelhante ao sinal sonoro de um semáforo para peões, agudo e tudo. No momento isso nem me passou pela cabeça, mas se um ceguinho qualquer passasse por lá no momento haveria um grande perigo de acabar a noite debaixo de um autocarro amarelo. É perigoso e, comigo, é do que mais acontece...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Será desta?

Recomeçou! A tentativa de quebrar o recorde de 37 pais-natais por prédio invade novamente as ruas da cidade. A loucura é colectiva e até no meu prédio se já há um pai-natal! Eles andam aí, fiquem avisados. Em todo o lado possível e imaginário, nas janelas, chaminés, exaustores, qualquer coisa. Pendurados em escadas, escadas luminosas, cordas, cordas luminosas, agarrados à parede, tudo. Quanto a mim só me resta uma pergunta. Porque raio é que metem os pais-natais armados em assaltantes, pendurados às janelas, quando é do senso comum que ele chega de trenó voador? Tenham juízo!