quarta-feira, 4 de abril de 2007

Das campanhas

Adoro o periodo de campanha eleitoral, palavra que adoro. Haverá coisa melhor que ver a harmoniosa cara do Jacinto Serrão logo pela manhã, sorrindo-nos amigavelmente com aquele olhar quase estrabico? Ou o ar carinhoso do nosso mui bom amigo Alberto João, com a sua mãozinha levantada sobre um degradé foleiro como tudo? Num agradavel mar de cartazes que nos povoa a cidade. Oh, coisa digna de um cartaz turistico, realmente, este jardim à beira mar plantado. Mas é que é bonito, não me canso de dizer, toda esta bonita decoração pre-eleitoral.
De facto, bastava meterem a tocar um Tony Carreira ou um Quim Barreiros, deixarem por aí uns bêbados de garrafa de vinho tinto na mão e eu jurava que isto era um arraial. Com todas as faixas laranjas e azuis a ondularem ao vento e os cartazes luminosos.
Ah, e como é bela também toda a movimentação humana que se gera à volta das eleições. É digno de um documentário do Odisseia a afluência dos politicos aos adros das igrejas, nos solarentos Domingos de manhã, armados até aos dentes com panfletos mal impressos, conversinhas da chacha, beijinhos aos bebés ranhosos e sorrisos falsos. E as romarias da CDU às zonas altas do Funchal, para uma 'conversa honesta' com os moradores, sempre documentada pela fiel RTP-Madeira? E as incontáveis inaugurações do PSD, de tudo o que é coisa, até de obras mal acabada?
Oh, não há época mais bonita do que a de campanha eleitoral. Tenho dito.

2 comentários:

Carapaus com Chantilly disse...

O que vou dizer não serve só para a bela ilha da Madeira como para todo o resto do país: se houvesse eleições todos os meses, as obras públicas quadriplicavam assim como as inaugurações das mesmas. Seria algo bonito de se ver :P
podiamos ficar num país ainda mais miserável monetariamente falando mas ao menos as estradas deixavam de ter buracos!
Falo isto dos buracos porque, na bela localidade onde residia até vir para a infernal Lisboa, só em tempo de eleições é que, fosse quem fosse que estivesse na câmara, mandava tapar os buracos das estradas. Não há nada como passar sobre o asfalto acabado de colocar na manhã pós-eleitoral :D

Anónimo disse...

GARGALHADAS